Trabalho sobre liderança e gestão intermediária
Eliana Pessoa
Mestranda em Educação na UCB, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos, instrutora/tutora da área de treinamento e desenvolvimento da Caixa Econômica Federal e professora na Universidade de Brasília – UNB, em Brasília, na área de empreendedorismo e gestão de pessoas. Para contato: elipes@uol.com.br.
Este artigo pretende elencar algumas contribuições teóricas sobre liderança com vistas à ampliação do diálogo sobre as várias dimensões do homem enquanto gestor neste novo milênio nos seguintes aspectos: (1) a evolução dos conceitos de liderança; (2) ‘o que’ mobiliza o líder no seu trabalho; (3) a necessidade de desenvolvimento permanente do líder; (4) a responsabilidade do líder na vida das pessoas e das organizações; e (5) as dimensões da liderança intermediária. Dessa forma não é objeto deste artigo focar em uma teoria específica, estilo ou traço relativo à liderança, nem concluir que abordagens são mais propensas ao sucesso que outras e sim trazer algumas contribuições para compreensão desse fenômeno no novo milênio. EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE LIDERANÇA Segundo Chiavenato (s.d.), “o século XX foi o século da Administração. Foi nele que surgiram as principais abordagens administrativas e a Administração se desenvolveu de forma impressionante”. Pode-se perceber que cada autor contribuiu com novos conceitos e idéias, e que, ao longo do tempo, foram se sedimentando e alicerçando em um corpo integrado de teorias. Na Abordagem Clássica da Administração, a função do líder era estabelecer e fazer cumprir critérios de desempenho para atingir objetivos organizacionais. A atenção principal do líder focava-se na necessidade da organização e não nas necessidades do indivíduo (STONER & FREEMAN, 1995). Segundo a Teoria das Relações Humanas, a função do líder era facilitar o alcance dos objetivos, mediante a cooperação entre os liderados e, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades para o seu crescimento e aperfeiçoamento