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O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball)
Como não ser romântico com beisebol? Realmente isso parece impossível depois de um filme tão bem executado como “O Homem que Mudou o Jogo”, do diretor Bennet Miller (Capote). Vou ser bem sincero: meu conhecimento sobre beisebol é básico, conheço parte das regras, mas a manha de entender friamente as jogadas, as oportunidades, essa eu realmente não tenho. E um dos fatores mais interessantes do roteiro de Steve Zaillan e Aaron Sorkin é que, o filme não tenta te explicar e muito menos te introduzir ao universo do esporte. É como o personagem principal, Billy Beane (Brad Pitt), supostamente disse: “adapte-se ou morra”.
O filme conta a extraordinária façanha alcançada pelo gerente do Oakland Athletics, Beane, e seu gênio particular Peter Brand (Jonah Hill). Os dois juntos resgataram o time de um buraco do qual não parecia haver saída, o catapultando para os anais da história do beisebol americano. O resultado alcançado foi devido a um elaborado método de estatísticas criado principalmente por Brand, que, ao que parece, descobriu a Matrix por trás do jogo, transformando tudo em números, dados e informações que levariam o time a muitas e muitas vitórias.
Mas o caminho foi árduo. A imprensa detonava com o novo time, montado basicamente nos conceitos do recente método adotado, ou seja, eram escolhas duvidosas que praticamente assustavam os torcedores e causavam gargalhadas nos demais. E com esse espírito de desrespeito continuo temos então o satisfatório efeito “David e Golias”, mas isso realmente demora a acontecer, o resultado, tanto no campeonato de 2002 como no filme, demora a chegar.
A direção de Bennet Miller é mais do que eficiente, mas ela não seria nada sem o roteiro arrasador de Zaillan e Sorkin. Temos longas cenas filmadas de forma crua, com atores que se envolvem de corpo e alma na composição, uma tarefa que até parece fácil mediante a naturalidade oferecida pelo texto, que em nenhum momento tenta soar