Trabalho microbiologia
Os microrganismos do gênero Haemophilus pertencentes à família Pasteurellaceae (da palavra grega que significa “amigo do sangue”), que também inclui os gêneros Actinobacillus e Pasteurella, são cocobacilus gram-negativo ou bastonete curto, sendo por isso os Haemophilus também referidos como bacilos pleomórficos, são imóveis e não formam esporos. As espécies deste gênero que atualmente são conhecidas como agentes de infecções ou de colonização no homem são: H. influenzae, H. aegypcius (associado à Febre Purpúrica Brasileira), H. parainfluenzae, H. haemolyticus, H. parahaemolyticus, H. paraphrophaemolyticus, H. haemoglobinophilus, H. ducreyi e H. pittmaniae. São parasitas obrigatórios encontrados nas membranas mucosas dos seres humanos e de algumas espécies animais. Em humanos podem estar presentes na microbiota normal da garganta, da boca e do nariz, podendo causar doenças caso atinjam a corrente sanguínea ou outros órgãos. A maior parte das espécies deste gênero requer meios de cultivo suplementados com os fatores estimulantes de crescimento, sendo estes os fatores X (Hematina), fator V (nicotinamida adenina dinucleotídio [NAD]) ou ambos. Os dois fatores estão presentes nos meios enriquecidos com sangue, o ágar sangue de carneiro deve ser aquecido para destruir os inibidores do fator V. Sendo assim o ágar sangue aquecido é utilizado para o isolamento, in vitro, do Haemophilus. A estrutura da parede celular é composta por lipopolissacarídeo com atividade de endotoxina, e proteínas cepa-específicas e espécies-especificas são encontradas na membrana externa.
2. Haemophilus influenzae
O nome Haemophilus influenzae foi dado porque se achava erroneamente que o micro-organismo era o agente causador das pandemias de influenza ocorridas em 1889 e na primeira guerra mundial. Mas naquelas ocasiões o H. influenzae provavelmente foi um invasor secundário