TRABALHO MAST CHUVA CIDA
A verdade é que a chuva já é naturalmente ácida devido à presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Com um pH em torno de 5,4, a chuva comum não traz nenhum prejuízo ao homem ou à natureza. Isso porque, a acidez é baixa. (A escala utilizada para medir o pH vai de 0 a 14, sendo que 7 é o pH neutro. Acima disso, é básico e abaixo é ácido. Quanto mais baixo, mais ácido.) O problema, é que com a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, e o aumento considerável do acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera (além do normal) fazem com que o pH da chuva caia para algo entre 5 e 2,2 e se torne extremamente nociva ao homem e à natureza.
A chuva ácida ocorre quando existe na atmosfera um número muito grande de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5) que, quando em contato com o hidrogênio em forma de vapor, formam ácidos como o ácido nítrico (HNO3), ou o ácido sulfúrico (H2SO4).
Históricos
Os primeiros registros de danos na vegetação e saúde humana em virtude de emissões industriais aconteceram na Inglaterra e França em 1661. Nessa época, foram propostos o uso de chaminés altas e a instalação de indústrias distantes dos conglomerados urbanos. Porém, o primeiro monitoramento sistemático da poluição do ar iniciou-se em 1852 pelo químico britânico Robert Angus Smith, que após vinte anos de estudo usou o termo chuva ácida pela primeira vez no livro Air and Rain: the Beginnings of Chemical Climatology, publicado em 1872. Smith constatou que a química da precipitação era influenciada pela combustão do carvão, decomposição da matéria orgânica, direção dos ventos, proximidade do mar, quantidade e freqüência de chuva. Observou ainda que as chuvas ácidas causavam danos às plantas e materiais, sendo o primeiro pesquisador a associar a eventual presença do ácido sulfúrico às precipitações ácidas (Cowling, 1982).
Apesar desse estudo pioneiro, por quase um século foram desenvolvidos apenas trabalhos isolados como avaliação do efeito da acidez na