TRABALHO JUNG 2 3
CURSO DE GRADUAÇÃO PSICOLOGIA
AMANDA VIEIRA
CRISTIELEN RIBEIRO
THAYANE SILVA
TÓPICOS ESPECIAIS EM PSICOLOGIA CLINICA V
VITÓRIA- ES
2015/1
ARTICULAÇÃO TEÓRICA DO CASO CLINICO ‘’O DESESPERO’’
RELATO DO CASO
Fabiana veio procurar terapia por sentir que precisava entender de onde originava sua dificuldade em lidar com as pessoas. Sentia que era admirada, que era uma vencedora, mas que na intimidade interpessoal, depois de um curto tempo de iniciada, os problemas pareciam assustadores. Sentia como se estivesse sido ‘’descoberta’’a sua real imagem, fato, que no seu entender, afastava as pessoas de si mesma, em troca ficava crítica, defensiva e consequentemente, agressiva. O maior exemplo disso aparecia nas relações amorosas.
Fabiana utilizava um mecanismo, possivelmente aprendido quando criança, que testava o afeto das pessoas: apontava os erros rapidamente (seus e dos outros), não hesitava em dar sua opinião sobre coisas (ainda que isso não fosse requisitado) e exagerava no seu poder de produção no trabalho em busca de perfeição, etc. Enfim, se assegurava nas exigências que fazia para se sentir ‘’existindo’’. É como se estivesse criando uma fórmula na sua vida: para ser era preciso brigar, lutar por um lugar. A conquista e o afeto caminhavam juntos, este último como mérito para a primeira.
Dotada de uma ampla capacidade intelectual, não lhe era difícil utilizar todos os argumentos necessários para convencer o outro da sua posição. O que não percebia é que tentava se convencer a partir do outro. Com uma auto-imagem debilitada era difícil se acreditar merecedora de afeto, embora sempre usasse a expressão – não mereço isso, como forma de enfatizar as agruras que o mundo lhe impunha. Falar foi o seu maior mecanismo. Pela oralidade ela expressava a sua riqueza intelectual- com argumentos e contra-argumentos, na vã tentativa de no momento posterior conseguir convencer o outro a passar para o seu lado. Era uma Guerra