TRABALHO INTEGRADO 4
Considera-se infecção urinária o comprometimento de qualquer porção do trato urinário onde ocorra proliferação de microorganismos com presença de invasão tecidual. A infecção deste trato pode ser classificada como infecção alta, quando afeta o parênquima renal (pielonefrite aguda ou crônica) e infecção baixa, quando afeta a bexiga (cistite) ou uretra (uretrite) em ambos os sexos.
Os dois tipos de infecções diferenciam-se nitidamente por sinais clínicos e sintomas de intensidade e características diferentes, além da diferenciação anatômica evidente. Na maioria das vezes, os pacientes com infecção urinária baixa apresentam sinais e sintomas característicos como disúria e polaciúria, enquanto os pacientes com infecção urinária alta apresentam um quadro clínico mais rico e intenso de sinais e sintomas, além da possibilidade de evolução para septicemia e óbito. As infecções também podem ser classificadas como sintomáticas, assintomáticas, crônicas, agudas, complicadas e/ou recorrentes, que serão definidas mais à frente.
Os agentes etiológicos das infecções do trato urinário (ITU) encontram três vias de disseminação, sendo a mais comum a via ascendente, onde as bactérias encontram maior facilidade de disseminação, principalmente no sexo feminino. Entre os agentes mais freqüentes, a Escherichia coli, enterobactéria responsável por cerca de 70 a 95% dos casos e a mesma habitualmente provém da própria flora intestinal humana. A infecção urinária em geral e principalmente a que ocorre em repetição, se não tratada de maneira correta poderá levar ao comprometimento de outros órgãos, ocasionando futuras complicações. Ao longo do trabalho, será detalhado como uma infecção urinária comum poderá evoluir para uma cistite (inflamação da bexiga urinária), bem como suas formas variantes. Mais especificadamente será abordada uma forma especial da doença, denominada Cistite Eosinofílica, moléstia de causa ainda não estabelecida e extremamente rara, tendo sido descritos