Trabalho insalubre, perigoso e danoso
Em sua trajetória, a humanidade não considerou como digna essa tarefa: Era laboroso, esforçoso, torturoso, penoso, tripalium! O mundo antigo trouxe dois pontos de vistas opostos sobre esse trabalho. O primeiro AC, com desdém, considerando o lazer como expressão de uma existência humana livre, sendo assim, separado do Criador. O segundo, DC, como vocação e benção, que em si só constitui uma fonte de auto-realização humana.
A sociedade hoje, digo, após a Revolução Industrial, que marcou a aceleração do sistema capitalista de produção, vive a incansável e laboriosamente em torno de uma orientação para o futuro. Crê-se que o trabalho e especificamente a produção, com o auxílio da ciência e da tecnologia, nos introduzirão em um mundo de consumo lazer e liberdade. Crêem que o labor contínuo, racional e produtivo transforma o mundo. Determina o trabalho como a chave da história, a chave para uma nova sociedade, uma nova natureza e um novo homem. O resultado é a expansão global da economia, a base material da globalização.
A profunda transformação do meio ambiente de trabalho, definida como, “o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade fisico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem”, deu-se através da Revolução Industrial. Com ela o surgimento da nova classe de operários, classificados como proletários, e , conjuntamente, houve a degradação do meio ambiente do trabalho.
O filme produzido por Charles Chaplin, nos idos dos anos trinta, estamos falando de século passado, “Tempos