Trabalho Infantil
Durante a Guerra Fria, a parte Oriental da Europa era constituída por países socialistas que integravam a União das Repúblicas Socialistas e Soviéticas. O pólo comunista fez frente ao pólo capitalista no mundo, liderado pelos Estados Unidos da América. Durante quase meio século, o embate ideológico entre capitalista e comunismo dividiu o mundo, fazendo, muitas vezes, uso de violência indireta para atingir o adversário. Como a União Soviética e os Estados Unidos eram potências, detentoras de ampla tecnologia militar, um confronto direto poderia representar a aniquilação de ambos. Mas no decorrer da década de 1980, a União Soviética perdeu gradativamente o seu poderio, viu o Muro de Berlim cair e culminou com o seu fim. As repúblicas que integravam a antiga potência capitalista começaram a mudar de lado ou passaram por graves problemas sociais e étnicos devido aos atrasos proporcionados pelo regime socialista.
Quando começou a desintegração da Iuguslávia, em 1991, marcada pelas independências de Croácia e Eslovênia, os líderes servo-bósnios almejavam constituir um país que unisse todos os sérvios. Mas o povo da Bósnia-Herzegovina também se declarou independente, em 1992. Os sérvios invadiram o novo país, que respondeu militarmente e ampliou a abrangência da guerra com os sérvios.
A Guerra da Bósnia foi o resultado de uma complexa combinação de fatores, envolvendo questões políticas e religiosas. As proporções de um conflito que envolvia as consequências do fim da Guerra Fria, misturadas com fervores nacionalistas, resultaram no envolvimento de mais países, caso de Croácia e Sérvia e Montenegro. Estabeleceu-se uma discussão em torno da razão de ser do conflito, se seria uma guerra civil ou uma guerra de agressão.
A Guerra da Bósnia envolveu o conflito de três grupos étnicos e religiosos típicos da região. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Bósnia se tornou o conflito mais