TRABALHO IDELMA 2015
Tomar consciência de que o organismo age como um todo, de forma integrada, mesmo em atividades que aparentemente requerem mais envolvimento de uma determinada parte do corpo.
Como?
Inicie uma conversa com o grupo perguntando quem alguma vez teve torcicolo por realizar um movimento brusco, quem torceu o pé ou mesmo quebrou um braço, num jogo de futebol ou em outras situações. Peça que contem como foi e o que aconteceu com os seus movimentos rotineiros. Houve algum tipo de impacto na forma de virar a cabeça, de comer, de andar?
Provavelmente falarão que encontraram dificuldades em realizar as pequenas atividades cotidianas e tiveram que compensar essas restrições com movimentos de outras partes do corpo. Às vezes até chutar uma bola, quando estamos com um braço enfaixado, fica mais difícil porque nos desequilibramos. Problematize: por que será que isso acontece, mesmo quando o membro afetado aparentemente não tem nada a ver com o outro?
Proponha que realizem uma atividade vivenciando essa condição: o futebol amarrado.
A impossibilidade de usar determinados segmentos corporais rotineiramente utilizados desfavorece a atividade motora a ser desempenhada, porém o organismo se readapta internamente, para responder às novas necessidades. Desta forma, indivíduos deficientes possuem potencial motor e têm a capacidade de realizar movimentos genéricos e específicos e, apesar das limitações, podem participar da vida social, em pé de igualdade.
Hora de Avaliar
Sentados em roda, conversem sobre como foi o processo de jogar “amarrado”. Em que medida a restrição dos braços, amarrados pelos punhos, dificultou as jogadas? E os goleiros, que defendem o gol do seu time com as mãos, impedindo que a bola adversária entre na rede, em que medida os pés amarrados influenciaram sua tarefa habitual?
Ajude-os a entender que sempre que há uma parte do corpo imobilizada ou com movimentos reduzidos, todo o corpo tem que se readaptar, aprendendo novas formas de se movimentar