Como está o genoma organizado no núcleo e em que medida essa organização pode influenciar os processos nucleares e, em especial, a expressão genética? Muitos estudos abordaram já a questão da organização da cromatina no núcleo com o intuito de desvendar as complexas relações entre o papel estrutural e o carácter funcional da organização do genoma no núcleo. O estudo aqui apresentado conduziu à elaboração de um modelo capaz de explicar em grande parte a organização encontrada. A remodelação das hnRNPs é uma forma diferente de regulação da expressão genética. As nossas observações poderão ser integradas um modelo de interacções complexas entre splicing, exportação, controlo de qualidade e tradução do mRNA em que a remodelação dinâmica da composição das hnRNPs visa a regulação da expressão genética. A cromatina, quando condensada na preparação para a mitose, é detectada sob a forma de cromossomas discretos, de tamanhos diversos e com um padrão de bandas alternadas. Os limites e a localização das bandas variam com o método de detecção e com o avanço do estado de condensação da cromatina. Bandas detectadas com diferentes métodos não são completamente sobreponíveis e, para o mesmo método de coloração, o número de bandas diminui com o aumento da condensação da cromatina. A alternância de bandas claras e escuras correlaciona-se com características tanto físicas como funcionais, tais como o timing da replicação da cromatina durante a fase S do ciclo celular, com a densidade de elementos repetitivos do genoma, com o conteúdo em GCs, com a presença de genes, com a densidade de expressão genética e outras propriedades que podem alternar ao longo da fibra cromatínica. Uma forma de identificar o bandeamento dos cromossomas é por coloração química. Por exemplo, o bandeamento com corante de Giemsa após breve proteólise dos cromossomas com tripsina dá origem a um padrão de bandeamento muito reprodutível, chamado bandeamento G, o qual é muito usado na coloração de rotina para