TRABALHO FELIPE
(SP) terão de apresentar laudo de segurança
Prédios construídos nas décadas de 1950 e
1960 na orla de Santos (SP) apresentam inclinação Quarenta anos depois dos primeiros debates técnicos sobre o assunto, a Prefeitura de Santos (72 km de São Paulo) chamará síndicos de 65 edifícios da cidade para discutir as condições de segurança das construções. Todos esses prédios são "tortos", com inclinação de 50 centímetros a 1,80 metro entre a base e o topo, e ficam na quadra mais próxima da
CAUSA
O problema, que já vem sendo resolvido com o trabalho de recolocar os prédios em seu devido lugar, é decorrente de fundações pouco profundas utilizadas nas décadas de 40, 50 e 60. Elas eram apoiadas na areia, a primeira camada do solo, mais resistente, porém com pouca profundidade (média de 7 metros), principalmente entre os canais 3 e 6, onde se concentra a maioria dos prédios tortos. Abaixo da areia, vêm as grandes camadas de argila marinha (30 a 40 metros) que, com o peso da carga das construções, provocaram os desvios. Na orla santista, há cerca de 90 edifícios com esta característica. Há indícios de que seja o único caso em todo o Brasil. No mundo, pode se achar algo semelhante no
México. O que se encontrava em pior situação, o Núncio Malzoni, no Boqueirão, com aproximadamente 2,3 graus de desvio, já está em fase de obras que vão corrigir o desaprumo. Estacas de 60 metros de profundidade puxarão as colunas do edifício e corrigirao a inclinação de uma de nossas torres de pisa.
Essa situação foi exposta em 1973, no primeiro seminário promovido pela Prefeitura de Santos para a discussão dos problemas estruturais. "Não houve estaqueamento por questão econômica [custaria mais caro]", diz o engenheiro
Orlando Damin.
Força invisível
Entrar em um prédio torto dá impressão de desequilíbrio a quem não está acostumado.
O proprietário de dois apartamentos em um edifício do bairro Embaré, inclinado para a frente, autorizou a entrada do UOL nesses imóveis, em