RESENHA CR TICA
SOARES EUGÊNIO, José. O Xangô de Baker Street. Companhia das Letras, 1945, 349 páginas.
1 CREDENCIAIS DO AUTOR
José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares ou simplesmente Jô, é um humorista, apresentador de televisão, escritor, artista plástico, dramaturgo, diretor teatral, ator, músico e pintor brasileiro. Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de casa Mercedes Leal, Jô queria ser diplomata quando criança.
Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata o apontavam para outra direção.
2 RESUMO DA OBRA
Em O Xangô de Baker Street (1995), Jô Soares, traz o famoso detetive Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro, doutor Watson, para o Rio de Janeiro do século XIX e os põe em contato com personalidades da época, como por exemplo, a atriz francesa Sarah Bernhardt, o imperador Pedro II, Olavo Bilac, entre outros. A convite do próprio imperador, Sherlock Holmes e Watson vêm ao Brasil para desvendar o roubo de um valioso violino Stradivarius, junto com assassinatos de jovens moças, que intrigam a sociedade e, graças à ironia utilizada por Jô Soares, a dupla não consegue resolver os crimes, uma vez que o assassino era ninguém menos do que Jack, o Estripador, o famoso serial killer que cometeu seus crimes em Londres, em 1888. A proposta desta resenha é analisar a ironia que o humorista-escritor Jô Soares utilizou em seu romance.
O Xangô de Baker Street é um romance histórico que se passa no Brasil Império. As personagens da trama são a elite brasileira, dentre estas estão alguns personagens reais como Dom Pedro II, Chiquinha Gonzaga e Olavo Bilac. Dentre as personagens que realmente existiam estão Sarah Bernhard, uma atriz francesa que vem ao Brasil se apresentar no teatro, e Jack o Estripador. Existem mais dois personagens famosos, mas fictícios: Sherlock Holmes e seu inseparável companheiro Doutor