trabalho escravo
Uma inspeção para fiscalizar irregularidades em uma pedreira, localizada na zona rural do município de Messias, em Alagoas, flagrou trabalhadores em condições de trabalho escravo. A ação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em conjunto com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AL), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Polícia Federal (PF/AL) após uma denúncia feita pela Polícia Militar (PM/AL).
A pedreira fica em uma região de difícil acesso. Trabalhadores enfrentam estradas de barro lamacentas de uma propriedade chamada Fazenda Cantinho para chegar até o local de trabalho, que não conta com autorização legal para funcionamento.
As condições no local são precárias e o trabalho é executado a céu aberto. Os empregados sobrevivem em barracos de lona e palha, construídos precariamente e sem qualquer segurança. Segundo o MPT, não havia espaço adequado para dormirem, água potável, nem banheiros e, a situação em que foram encontrados os trabalhadores também alertava para o risco iminente à saúde.
No local, um dos trabalhadores encontrados estava descalço, sem camisa e sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, estava com forte cheiro de bebida alcoólica, indicando a completa falta de proteção aos riscos próprios da atividade realizada.
Durante a fiscalização foi constatado que os trabalhadores, originários de outros municípios, tinham que levar para a pedreira alimentação suficiente para 15 dias. A comida era preparada pelos próprios grupos, em um ambiente sem quaisquer condições de higiene e conservação do que era preparado.
A água que eles bebiam vinha de uma bica nas proximidades e também não havia local adequado para o armazenamento de alimentos. O locatário da pedreira, Cícero Ferreira, que estava ciente das condições em que sobreviviam os seus empregados, foi intimado a comparecer ao Ministério Público do