Trabalho de ética

O jornalismo foi uma área que precisou se reinventar para não desaparecer com o surgimento das novas tecnologias. Principalmente na forma de passar informação. O jornalista passa a ter um papel de selecionador e mediador de informações. Porém, com todas essas transformações, alguns profissionais esqueceram o papel principal de todos os meios de comunicação: a transmissão de informação de qualidade para a sociedade, para formar opiniões. Sejam elas positivas ou negativas, o importante é que essas opiniões façam a diferença no dia-a-dia da sociedade. O jornalista não pode deixar de lado o seu papel de transmissor de valores sociais. A informação não pode virar apenas um negócio. Como podemos ver no texto De virgens e putas, de Jacques Gruman. Os meios de comunicação atuais estão lotados de notícias sensacionalistas e sem nenhuma importância, enquanto notícias que realmente precisam ser mostradas a sociedade estão sendo escondidas, por pressões políticas ou por não serem muito rentáveis. Uma frase do escritor inglês George Orwell mostra a realidade atual “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. A publicidade invadiu os meios de comunicação.

No ano de 2010, segundo dados da UNICEF, 250 mil crianças eram prostituidas no Brasil. Como é possível em um país que possui esses dados alarmantes sobre prostituição infantil, uma notícia sobre uma jovem maior de idade, bem instruída, em pleno uso de suas faculdades mentais e de classe média alta querer leiloar a sua virgindade, pode alcançar mais visibilidade e criar mais polêmica do que matérias importantes sobre crianças se prostituindo.

Matérias como as dessa jovem, não deveriam ocupar o espaço voltado para problemas reais como a miséria, os desabrigados, o abandono de idosos, presídios superlotados, entre outros. O jornalismo precisa abandonar esse modelo difusão de informação sem possibilidade crítica. A população precisa ser