Trabalho de Sociologia
A pós-modernidade, trouxe, consigo, alterações completas na maneira de viver dos cidadãos, sejam ou não os nascidos nas mais recentes gerações. O acesso fácil à informação e a dinamicidade desta (conceito antigo, de ideação iluminista) nunca esteve tão próximo de ser angariado, possibilidade concedida pela tecnologia dos computadores. Com a utilização de softwares e conceitos informáticos avançados, chegou-se à invenção de estruturas que permitem incrível fluidez no alastramento de informações, com apenas um clique, em cerca de poucos segundos. Portanto, notícias e opiniões conseguem chegar, velozes, à todos os usuários de internet. Tamanho poder de alcance torna factível a discussão aberta de assuntos de todos os tipos, incluindo os relacionados à política de nação, através de veículos virtuais de relacionamento. Mas, até onde vai a importância dessas redes no estímulo de um mais eficiente e atuante cidadão? E até que ponto a política dos grupos dominantes pode adentrar numa rede social?
A REDE SOCIAL É POLÍTICA
A democracia, na sua mais antiga concepção, implicava na atuação de todos os cidadãos, assumindo-se políticos, para fomentar desenvolvimento e bem-estar mútuo. É igualmente fato que, nessa aurora da dimokratia ateniense, política, conquanto fosse pública e popular, era sinônimo de elitização e continuava aristocrática, longe do homem comum que, preocupado com as vastas atividades cotidianas, reservando o tempo que lhe sobrava para o lazer, decidiu por se alienar dela. O Brasil contemporâneo também assegura, constitucionalmente, por meio de complexos sistemas de lei, os deveres e direitos do seu habitante quando na ação, ainda que, frequentemente, indireta, sobre os assuntos políticos. Desse modo, a diferença entre as sociedades separadas por séculos não é tão grande: o zoon politikon permanece o rico e intelectual; as massas voltadas, senão ao trabalho, à diversão ou ócio, que, devido aos