Trabalho de Rio de Janeiro
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. V. 2. Cap.
2: Sobre a sociogênese do Estado, p. 87-190.
Aula preparada por Antônio Luiz Arquetti Faraco Jr.
ALERTA:
A leitura desta aula não dispensa a leitura do texto, devendo a mesma ser usada como recurso didático auxiliar na compreensão do assunto tratado e como recurso que amplia o tempo de discussão do assunto em sala de aula, uma vez que pode evitar a necessidade de se fazer anotações no quadro e de se utilizar recursos visuais outros.
I. O Primeiro Estágio da Monarquia Nascente: Competição e
Monopolização no Contexto Territorial
Nesta primeira parte do capítulo 2, o autor partirá de um quadro marcado pela pulverização do poder, no feudalismo, para demonstrar como a competição por terras (poder) vai acarretar num processo de monopolização que permitirá, mais tarde, a formação do Estado moderno. O autor se concentrará no estudo do caso Francês, por achar ali as condições nas quais o Estado moderno desenvolveu-se plenamente. Sempre que falamos em Rei imaginamos alguém que concentra a maior fatia de poder. Na verdade, a história política nos mostra que esta imagem não corresponde sempre a realidade. O autor vai lembrar que a função e a importância do Rei vão variar de acordo com a fase do desenvolvimento social
(histórico). Por exemplo: na época das invasões bárbaras na Europa, o Rei tinha o papel de chefe militar contra inimigos externos, depois que estas invasões cessaram o Rei perde importância, tornando extremamente precário seu poder monopolista, mesmo dentro de seu próprio território hereditário, que era disputado por senhores rivais ou famílias de guerreiros. Neste período, vemos avançar o feudalismo, a descentralização do poder. O trecho abaixo ilustra bem como o Rei era visto no Império Franco do
Ocidente (França) do início do séc. XII, uma época em que os nobres quase não eram mais ameaçado por inimigos externos:
“Os grupos feudais de primeira