A Instala O Da Corte Portuguesa E A Intensifica O Do Trabalho Escravo Na Cidade Do Rio De Janeiro
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 1, Volume dez., Série 21/12, 2010, p.01-12.
A apressada viagem do rei de Portugal e de sua corte, fugindo do exército napoleônico, por não ter cedido ao bloqueio continental imposto por Napoleão, foi iniciada em 29 de novembro de 1807.
O estabelecimento da corte portuguesa em 8 de março de 1808 na cidade do Rio de Janeiro, que passou a ser a sede da Corte Real, provocou mudanças não somente na cidade do Rio de Janeiro, onde permaneceu, como também em toda a colônia.
Segundo a tese do ensaio A interiorização da metrópole, que tornou-se referência no estudo das razões que levaram à Independência, da historiadora Maria Odila, foi o ponto de mutação mais fundamental no desenvolvimento da ruptura de Brasil com Portugal.
Conflitos de interesses e a formação da nacionalidade brasileira.
O capitalismo inglês exerceu pressão sobre as classes dominantes e os mecanismos internos do processo de formação da nacionalidade brasileira e faz com que os comerciantes portugueses, ao perderem a intermediação comercial do Brasil, unam-se às famílias rurais e à produção.
A partir daí, começa a ocorrer um processo de ajustamento interno a essas pressões internacionais, que é o de enraizamento de interesses portugueses e o processo de interiorização da metrópole no centro-sul da colônia.
Os enormes investimentos locais postergavam a volta da corte, concessões em obras públicas avivavam os interesses particulares e faziam com que os principais homens de negócios da corte intentassem em ficar no país; começa aí o enraizamento dos interesses portugueses, pelas construções, compras de terras e estabelecimento de firmas de negócio.
As pressões do novo liberalismo econômico foram as chaves mestras que desencadearam as forças de transformação do período, mas pelas características singulares sociais coloniais brasileiras,essas não se