trabalho de psicologia angústia
“Estreitamento”, “apertamento”... as definições de angor, termo em latim que origina a palavra angústia, já dão boas pistas do que se trata essa sensação. Quem nunca se sentiu agoniado diante de uma situação ruim ou de uma escolha difícil? Entretanto, essa percepção de sufocamento pode acabar extrapolando os limites psicológicos e se manifestar fisicamente, na forma de uma dor no peito. Um exemplo prático disso é visto no Hospital do Coração de São Paulo. Diariamente, ao menos um dos pacientes que dão entrada acham que estão enfartando, mas, na verdade, o diagnóstico é angústia. Pode parecer engraçado, mas não é. "Se essa sensação ocorre frequentemente, a pessoa precisa ser tratada por um psicólogo ou médico psiquiatra", diz o Dr. Paulo André Issa, coordenador da Policlínica de Neurociência da Aprendizagem e Psiquiatria (PNAP). Angústia está ligada à ansiedade Para o Dr. Paulo, a angústia é originada da ansiedade. Portanto, vale tentar compreender esse sentimento e descobrir o que lhe deixa apreensivo. Um bom exercício é pensar nas ocasiões que já lhe deram medo alguma vez na vida: um barulho desconhecido, um pesadelo ou até mesmo uma barata. Em todos esses casos, o seu corpo reagiu a uma ameaça concreta, o que é absolutamente natural. A ansiedade aparece, porém, quando o pânico permanece independentemente de o perigo ser real, como aquele pavor incontrolável de falar em público ou de perder alguém querido. “Ela é um estado generalizado de alerta”, define a psicoterapeuta Luzia Winandy. “No entanto, para algumas pessoas, isso se torna insuportável, dando-lhes uma ideia de que vão morrer ou enlouquecer”, complementa. Aí é preciso ter cuidado, pois o indivíduo pode desenvolver um grande pessimismo em relação ao futuro, deixando, inclusive, de dar passos importantes na vida. Como lidar com os medos? Ao contrário de doenças como gripe, catapora ou tuberculose, não é possível identificar uma causa