ANÁLISE DE O GRANDE SERTÃO VEREDAS
SERTÃO: VEREDAS
O romance Grande Sertão: Veredas é uma obra modernista que se destaca, entre outras coisas, pela ausência de capítulos.
A narrativa, longa e labiríntica por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história. Também são narradas duas grandes guerras.
O romance Grande Sertão: Veredas é uma obra pertencente ao Modernismo e que se destaca, entre outras coisas, pela ausência de capítulos. Por meio de uma linguagem regionalista e com foco narrativo em primeira pessoa, Riobaldo, personagem principal, conta sua história, suas lutas, suas dúvidas e seu amor reprimido por
Diadorim.
A narrativa, longa e labiríntica por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história. Também são narradas duas grandes guerras. Em Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa faz uma recriação da linguagem. O falar mineiro associado a arcaísmos, brasileirismos e neologismos faz com que o autor extrapole os limites geográficos de Minas. As falas de Riobaldo também são marcadas barney por aforismos:
“Vingar, digo ao senhor: é lamber, frio, o que o outro cozinhou quente demais.”; “Sertão é o sozinho.”; “Paciência de velho tem muito valor.” etc.
O tempo é psicológico, sendo a narrativa irregular e não linear e havendo muitos casos acrescidos ao longo do livro.
A trama ocorre no Sertão mineiro (Norte), no Sul da Bahia e em Goiás. No entanto, por se tratar de uma narrativa densa, o Sertão ganha um caráter universal. A linguagem escancara o cenário mítico do sertão marginalizado, em que a economia agrária está em declínio e a rusticidade predomina. Os costumes sertanejos e a paisagem são mostrados como uma unidade; o Sertão é, na verdade, reflexo do mundo, cheia de mistérios e revelações em torno da vida. A imagem do sertão é, na verdade, a imagem do mundo, e o sertanejo não é simplesmente o ser humano rústico que povoa essa grande região do Brasil – ele é o