Trabalho de praticas
Este artigo busca desenvolver uma reflexão acerca do uso de hipóteses nas pesquisas científicas e na elaboração de textos nas Ciências Humanas. Busca se apresentar, na primeira parte do texto, a natureza e importância das hipóteses nas Ciências Sociais e Humanas, trazendo exemplos da História, Sociologia, Urbanismo e outros campos do conhecimento. As hipóteses são discutidas como recursos necessários para as ciências sociais e humanas que se baseiam em problemas. Na seqüência do artigo, são pontuadas as funções das hipóteses para cada pesquisa em particular, e para o Conhecimento Científico como um todo. A principal intenção do artigo é trazer uma con¬tribuição para alunos e professores dos campos de conhecimento relacionados às ciências sociais e humanas, oferecendo algumas sugestões práticas e meios para o entendimento e o esclarecimento sobre como as hipóteses podem ser utilizadas nestes campos. Para clarificar a explanação, o prin¬cipal exemplo apresentado no texto refere se a um problema histórico pertinente à Conquista da América, no século XVI, buscando mostrar como, no campo das ciências humanas, um mesmo problema pode ensejar muitas hipóteses de trabalho e diferentes soluções.
INTRODUÇÃO Pode-se dizer que a Hipótese é uma asserção provisória que, longe de ser uma proposição evidente por si mesma, pode ou não ser verdadeira – e que, dentro de uma elaboração científica, deve ser necessariamente submetida a cuidadosos procedimentos de verificação e demonstração.
Constitui-se em um dos elos do processo de argumentação ou investigação (na pesquisa científica ela é gerada a partir de um problema proposto e desencadeia um processo de demonstração depois da sua enunciação). É por isto que, etimologicamente, a palavra “hipótese” significa literalmente “proposição subjacente”. O que se “põe embaixo” é precisamente um enunciado que será coberto por outros, ou por uma série articulada de enunciados, de modo que