Trabalho De Portugues
De fato, as duas primeiras estrofes trabalham o tema de forma mais universal, genérica, ao passo que, as duas últimas respondem abordando o tema de forma mais pontual, falando do presente problema da rosa, que se esvai aos olhos do poeta que a admira. O movimento do mais geral para o mais específico neste motivo funciona de forma semelhante ao que ocorre no poema anterior.
Na primeira parte do poema – as duas primeiras estrofes –, a voz poética diz ao poeta que este não é capaz de alterar a passagem do tempo – Antes do teu olhar, não era, / nem será depois, - primavera. – e prossegue afirmando que se vive daquilo que permanece
– Pois vivemos do que perdura, // não do que fomos –, a saber, não se vive da beleza, fugaz e impermanente. Fica mais claro que é à beleza que se está aludindo, quando é dito: ...
Desse acaso / do que foi visto e amado. Esse trecho remete aos dois primeiros motivos em que o poeta encontra a personificação da beleza na rosa e decide cantá-la.
Nessa primeira parte, a rosa retoma o tema da passagem do tempo sempre em termos gerais – vivemos, fomos, do que foi visto e amado –, de forma distanciada e impessoal – ela pode estar referindo-se, ao usar a primeira pessoa do plural, tanto a si própria juntamente ao poeta, quanto a tudo o que existe, de forma imprecisa. Já na segunda parte – duas últimas estrofes – a voz poética torna íntimo o tema, utilizando a primeira e 27 segunda pessoas do singular para