trabalho de historia
Fez seus estudos clássicos, ingressando depois na Faculdade de Teologia de Toulouse em 1767. Desistindo de abraçar a vida religiosa, passou a estudar matemáticas, mas optou depois pela medicina, uma carreira tradicional em sua família (Seu pai era cirurgião barbeiro e vários ancestrais por parte de sua mãe haviam sido médicos, apotecários e cirurgiões).
Pinel tinha em consideração a experiência diária dos funcionários do estabelecimento, a qual ele considerava valiosa para ajudar a compreender certos aspectos das doenças mentais. O chefe dos guardas do asilo, Jean-Baptiste Pussin, cujos procedimentos observava com atenção, inspirou-lhe medidas humanitárias em benefício dos doentes, principalmente a de libertá-los das correntes a que vários viviam presos, tratá-los como doentes comuns e, em caso de crises de agitação e violência, aplicar apenas a camisa de força. Permaneceu em Bicêtre de 1793 a 1795.
Pinel corretamente considerou as doenças mentais como resultado ou de tensões sociais e psicológicas excessivas, de causa hereditária, ou ainda originadas de acidentes físicos, desprezando a crendice entre o povo e mesmo entre os médicos de que fossem resultado de possessão demoníaca. Nesse particular seguiu idéias já avançadas por contemporâneos seus como Tuke, Chiarugi e Daquin. William Tuke (1732-1822) foi um comerciante de café e chá, e um filantropo, que fundou em 1792 um hospício em York na Inglaterra para dar tratamento humanitário aos doentes mentais; Chiarugi foi o médico diretor do Asilo Bonifacio, em Florença, onde em 1788 ele aboliu o tratamento desumano dos pacientes; e Joseph Daquin (1733-1815) o médico francês, de Chambéry, que havia estudado em Turin, na