Trabalho de graduação em arquitetura
Diversidades na América: mudanças e permanências
“ É inegável a importância que as sociedades americanas vêm assumindo no mundo atual. Diariamente nos jornais, os programas de rádio, de televisão, as revistas e outros meios de comunicação noticiam acontecimentos ocorridos em algumas sociedades americanas. Apenas lamentamos que estas sociedades sejam postas a descoberto pelos noticiários no que se refere à terremotos, narcotráfico, golpes de estado, contrabando, episódios pitorescos da política, da diplomacia ou da economia.
É de se lamentar também, que seu contexto sócio-econômico, suas preocupações políticas, sua história, suas reivindicações e o processo de sua formação, suas etnias, suas origens e diversidade cultural sejam quase desconhecidas por muitos, mesmo universitários ou pela elite intelectual que sabe o que se passa nos mundos europeus e norte-americanos, e não no sul-americano.
No processo dos descobrimentos, a parte do globo depois chamada Novo Mundo era uma unidade geográfica sem fronteiras. Mais tarde, no processo de colonização propriamente dito, os conhecimentos acerca de acidentes geográficos, clima e população mostram a extrema diversidade do continente. A evolução das cidades americanas veio destacar e aprofundar as suas diferenças, apesar das semelhanças dos processos históricos. Essas grandes diferenças estão na diversidade étnica e cultural das sociedades americanas. Trezentos e alguns anos de colonização e duzentos e tantos anos de independência política desencadearam um processo migratório que se prolongou até os dias atuais.
As comunidades indígenas, tão diversas em termos de desenvolvimento cultural, vieram juntar-se aos colonizadores brancos e, posteriormente, a grande massa de negros africanos trazidos à força como escravos. Este processo contribuiu desigualmente para a formação dos perfis das sociedades nacionais.
Brancos, índios e negros distribuem-se desproporcionalmente de uma região para outra,