trabalho de gestao ambiental
Ano 2000: (Brasil) A Petrobrás deixou vazar 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, atingindo praias e manguezais.
No dia 18 de Janeiro de 2000, um grave desastre ecológico aconteceu no mar do Rio de Janeiro. Em decorrência de um problema originado em uma das tubulações da Refinaria de Duque de Caxias (REDUC) devido a uma falha no projeto de instalação do oleoduto PE-2, aproximadamente 1,3 milhões de litros de óleo foram lançados na Baía de Guanabara, as conseqüências desse desastre tiveram uma proporção incalculável, pois o vazamento atingiu os manguezais de Guapimirim, uma área de proteção ambiental (APA) com inúmeras espécies da fauna e flora, além de provocar graves prejuízos tanto de ordem social, como econômica à população local, nos quais podemos citar: a contaminação do espelho d´água da Baía de Guanabara, com reflexos na fauna nectônica e plantônica; a contaminação das areias, costões rochosos, muros de contenção, pedras, lajes e muretas das Ilhas do Governador e de Paquetá; danos à vegetação de mangue existente no entorno da Ilha do Governador; danos a avifauna; danos à comunidade bentônica em função da sedimentação do óleo no fundo da Baía; prejuízo às atividades pesqueiras; drástica redução das atividades turísticas da Ilha de Paquetá; entre outros.
O derramamento de óleo na água provoca o surgimento de uma película que passa a envolver as raízes das árvores de mangue, impermeabilizando-as. Por conseguinte, a planta não consegue mais absorver oxigênio por suas raízes aéreas e ao mesmo tempo é envenenada. Após algum tempo, o óleo se decanta e desce para o fundo do mar, intoxicando fauna e flora fixas. O óleo mata os moluscos, mexilhões, conchas, ostras, caranguejos. A morte dessas espécies causa, irremediavelmente, um total desequilíbrio na cadeia alimentar de todo ecossistema.