Os Lusíadas, Reflexão do Poeta canto 5 (Analise)
A reflexão do Poeta
Obra de Luís de Camões
Língua Portuguesa
12º A
Adriana Botnaru
Sofia Saca
Contexto
Relato da Historia de Portugal ao Rei de
Melinde
Elogio do Rei de Melinde à nação portuguesa Reflexão do Poeta
Estrofes 92-100
Reflexão sobre:
Os grandes feitos dos Heróis da Antiguidade
Imortalização destes em poemas;
Valorização
Desprezo
dos poetas;
pelos poetas e pelos seus poemas em Portugal.
Luís de Camões - Humanista
Critica a ignorância e o desprezo pela cultura dos homens das armas.
Defende-se que o homem deve realizar-se em todas as suas capacidades.
Incentiva um concílio entre a força e a coragem e entre a cultura e a eloquência.
Estrofe 92
Quão doce é o louvor e a justa glória
Dos próprios feitos, quando são soados!
Qualquer nobre trabalha que em memória
Vença ou iguale os grandes já passados.
As envejas da ilustre e alheia história
Fazem mil vezes feitos sublimados.
Quem valorosas obras exercita,
Louvor alheio muito o esperta e incita.
Estrofe 93
Não tinha em tanto os feitos gloriosos
De Aquiles, Alexandro, na peleja,
Quanto de quem o canta os numerosos
Versos: isso só louva, isso deseja.
Os troféus de Milcíades, famosos,
Temístocles despertam só de enveja;
E diz que nada tanto o deleitava
Como a voz que seus feitos celebrava.
Estrofe 94
Trabalha por mostrar Vasco da Gama
Que essas navegações que o mundo canta
Não merecem tamanha glória e fama
Como a sua, que o Céu e a Terra espanta.
Si; mas aquele Herói que estima e ama
Com dões, mercês, favores e honra tanta
A lira Mantuana, faz que soe
Eneias, e a Romana glória voe.
Estrofe 95
Dá a terra Lusitana Cipiões,
Césares, Alexandros, e dá Augustos;
Mas não lhe dá contudo aqueles dões
Cuja falta os faz duros e robustos.
Octávio, entre as maiores opressões,
Compunha versos doutos e venustos
(Não dirá Fúlvia, certo, que é mentira,
Quando a deixava António por Glafira).