Trabalho de atps

autoritarismo, é hierárquica, tendo em vista o mero controle do trabalho alheio. Enfatizam, Teixeira & Porto (1997), uma importante idéia que vale a pena ressaltar. Na verdade, afirmam as autoras, é um grande equívoco dizer que professores, alunos, especialistas, pais, funcionários etc. não têm participação gestionária porque são desinteressados, alienados ou descomprometidos com a educação. Além disso, uma boa parte dos pesquisadores diz que falta um projeto em torno do qual a comunidade escolar possa agregar-se, ou que não há consenso possível entre os diferentes grupos. Tais explicações dão conta de uma parcela dos problemas. Mas é preciso complementá-las com análises que considerem a dimensão cultural, isto é, que permitam o entendimento que ocorre efetivamente no interior da escola, "mais precisamente como os grupos vivenciam as práticas cotidianas, tanto dentro como fora de sala-de-aula, relacionando-se com o poder" (Teixeira & Porto, 1997, p. venciam as práticas cotidianas, tanto dentro como fora de sala-de-aula, relacionando-se com o poder" (Teixeira & Porto, 1997, p.
221).
Para Lucchesi (1997, p. 233-4), o diretor é um importante profissional nesse contexto. Ele deve ser um articulador. Salienta a autora:
Canalizar a fluência desse poder numa ação educativa parece constituir um desafio para o diretor da escola, articulador de todas as forças no interior desta instituição ...
Para isso, faz-se necessário que ele esteja consciente das microrelações de poder que perpassam seu cotidiano para poder exercer seu papel de articular a organicidade da escola, sem permanecer aferrado a sua face legaL.. Caso contrário, pode ocorrer o que vem se tomando uma prática institucional: o diretor representa o poder de plantão.
Por outro lado, nos discursos dos demais educadores, está presente o desejo de uma escola democrática e de qualidade, um desejo, diria, muito consistente. Mas por que suas ações reforçam uma