Trabalho compulsório no brasil
Ao desenvolver-se no auge do mercantilismo, cujas bases eram o comércio internacional e a adoção de políticas econômicas protecionistas, a economia do Brasil colonial foi baseada em características como o cultivo em grandes faixas de terra (latifúndios), a exportação de gêneros alimentícios e metais preciosos para a metrópole e o emprego do trabalho compulsório.
Trabalho compulsório pode ser definido como aquele cujo trabalhador é recrutado sem seu consentimento voluntário, sujeito a punição caso queira retirar-se. Trata-se de uma forma de escravidão, seja ela de qualquer tipo. Diante desta forma de governo centralizada e despótica foi que os trabalhadores, ditos livres, sustentaram toda base econômica da sociedade no Brasil colonial.
Primeiramente, o trabalho de forma compulsória foi imposto aos índios. Gradativamente, a utilização do nativo brasileiro como mão de obra foi desestimulada e substituída pela dos negros, trazidos da África. A força de trabalho era submetida a tarefas sofridas e humilhantes, sendo tirados de duas comunidades e obrigados a se deslocar para lugares distantes.
2. APRESENTAÇÃO DO AUTOR/ CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
O livro “Trabalho Compulsório e Trabalho Livre na História do Brasil” é fruto de um trabalho colaborativo de três autores grandes conhecedores da área: Ida Lewkowicz, Manolo Florentino e Horacio Gutiérrez.
Ida Lewkowicz possui graduação pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado pela Universidade de São Paulo (1979) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1994). Atualmente, é professora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista, em Franca. Tem experiência na área de história, com ênfase em história do Brasil, atuando principalmente nos temas família, população e Minas Gerais.
Manolo Florentino é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (1981), Mestre um Estudios Africanos - El Colégio de México (1985) - e Doutor pelo Programa