Trabalho como responsabilidade

Trabalho e lazer com diversão
No momento em começo a escrever sobre os textos “Final de semana em casa: o que fazer?” e “Trabalho e Lazer: uma união criativa”, o primeiro pensamento que me vem à cabeça é o velho ditado popular que desde criança nós somos condicionados a ouvir que é “O trabalho enobrece a alma” que prega o conceito errôneo que só podemos nos considerar cidadãos responsáveis a partir do momento em que temos um trabalho e não nos encontramos no “terrível ócio” que nos fazem acreditar ser algo improdutivo.
Mídia, o radio, jornais, pais e até mesmo os desenhos que assistimos quando crianças nos mostram que sempre aqueles que possuem um trabalho são as pessoas decentes e aqueles que não trabalham não passam de desocupados e irresponsáveis. O que enobrece a alma não é o trabalho, e sim a responsabilidade que assumimos ao ter um trabalho, ou seja, o que enobrece a alma é a responsabilidade que obtemos através dos compromissos que firmamos, das amizades que cultivamos, dos filhos que criamos. Isso que enobrece a nossa alma, pois do contrário até mesmo um matador de aluguel que cumpre bem o seu serviço poderia ser considerado um pessoa nobre e responsável tendo em vista que matar é o seu trabalho e ele o faz bem. Por isso que em minha opinião o ditado “o trabalho enobrece a alma” é o pior tipo de lavagem cerebral que pode existir contra o ser humano e nos leva até o ponto principal discutido nos dois textos que são indivíduos que mesmo freqüentando os lugares ditos como ponto de diversão ainda sim não se sentem plenamente satisfeitos.
Em busca de sonhos de senso-comum (ressaltando que esses sonhos não são ruins, e sim a maneira como os perseguimos as vezes que sim) como casa, carro, promoção no emprego e segurança financeira, manter uma família e prove-la com todos os bens materiais que a mídia nos faz acreditar ser ideal, cresce cada vez mais o número de pessoas que focam o seu trabalho e ignoram simples coisas do cotidiano que fazem a diferença na