Trabalho Cibercultura
Bia Zanetti Soares
Cibercultura
O digital e a virtualização do saber
O principal artista convidado para a manifestação consagrada nas ares digitais, Jeffrey Shaw, faz na exposição o Bezerro de Ouro, que só é encontrado virtualmente. Aquele que observa a estatua ao andar em volta do pedestal consegue ver que o interior do Bezerro é vazio, sendo assim o seu segredo. Essa imagem pode lhe trazer varias conclusões e reflexões sobre o mundo virtual. O Bezerro de Ouro ser vazio por dentro mostra que ele só tem aparência e não interioridade. Quem olha rapidamente não consegue perceber o valor real da estatuo, só quem da uma volta no pedestal. As imagens têm o valor de induzir, mostrar mais do que realmente é. O mundo das mídias, faz com que nos importamos apenas com a imagem, com a aparência que muitas vezes é enganosa.
No mundo virtual as imagens e as informações que são passadas em uma tela tentam chegar o mais próximo do real. Quem vê o Bezerro de Ouro virtualmente só consegue perceber a sua aparência, no seu ouro e todo o seu brilho. A mídia ela tem esse poder de conduzir que aquilo que mostramos é dado como certo e real. Porém o virtual engana, porque só vemos aquilo que é passado e não necessariamente aquilo que realmente é. O ciberespaço favorece essa virtualização, porque existe um espaço para a informação se materializar e se tornar real. Quando temos uma imagem sozinha podemos ter uma interpretação, mas quando ela é colocada com um rotulo ou uma informação escrita, aquela imagem ganha novas formas de realidade. O mundo real é aquilo que realmente é, já o mundo irreal é aquilo que é passado com distorção da realidade. Como por exemplo, uma imagem de um cachorro de um olho azul e outro verde, é uma imagem da realidade. Entretanto se aquela mesma imagem vem com um rotulo dizendo que o cachorro tem olhos verdes ali mostra uma distorção da realidade, porque foi passada como se fosse real. Com os avanços das tecnologias as informações