Trabalho bazin, germain
Para Bazin, a História da Arte nasceu do orgulho dos florentinos, que colocaram os artistas num patamar de homens ilustres, visto que a prática das belas-artes passou a ser reconhecida como artes liberais, e não mais como artes servis, oriunda da escravidão.
Neste compasso, os primeiros desafios que os artistas “ilustres” tiveram que vencer foram, primeiro o cristianismo, que fazia com que o indivíduo fosse paciente da sua própria história, e não agente. A história estava nas mãos de Deus. O indivíduo somente sofria a influência da única história que interessava, a história contada na Bíblia: Antigo e Novo Testamento. A vida terrena do indivíduo não tinha nenhum valor, ele vivia exclusivamente para a vida eterna, a vida após a morte.
O segundo desafio foi o desprezo com que o artista era tratado, devido à herança da Antiguidade. Aquele que trabalhava com as mãos era simplesmente renegado a um servo, a um escravo, apenas um operador manual, artesão, por isso o desdém. A obra realizada por um indivíduo não tinha valor algum.
Na Idade Média, qualquer homem que trabalhasse com as mãos, ainda que fossem artistas, eram desprezados. As artes se classificavam em duas categorias: servis que se confundem com todas as ações operativas que requeriam o uso da mão, e as liberais, que compreendiam os cursus studiorum da universidade medieval. Tudo que era servil, estava associado à escravidão, e o escravo não era um homem completo. A prática das belas-artes eram consideradas servis, por isso o desprezo para com os artistas.
O homem da Idade Média vivia fora ou acima da História. O cristão, retrocedendo a uma estado anterior da humanidade, não se considerava como o agente da história, que está nas mãos de Deus. Sua história não influenciava a única história que contava na época, que era a da Bíblia: Antigo e Novo Testamento. As forças da imaginação