Trabalho, alienação e consumo
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Trabalho, alienação e consumo O trabalho é um processo constante que o ser humano desempenha e que possibilita a este transformar a natureza ao seu redor, sua subjetividade e a ele mesmo. Além dessa habilidade de transformação, o trabalho aliado à linguagem batizam o ser humano na cultura. Muitas das vezes quando se pensa nesse assunto, vem à cabeça algo cansativo, desprazeroso e obrigatório para sobreviver diante das dificuldades da vida. Portanto, estaria o homem fadado à infelicidade uma vez que a vida humana depende de tal descontentamento? A resposta é não, não só de tristezas é feita uma obrigação, o trabalho pode propiciar também momentos lúdicos, mesmo que estes sejam em menores quantidades, e despertar a criatividade no indivíduo, uma vez que para trabalhar é necessária a utilização da inteligência e concentração. Ao longo do tempo, o significado e a abrangência do trabalho se diversificaram. Nas sociedades tribais, as tarefas são designadas de acordo com a força e capacidade, funcionando em um sistema de cooperação e complementação no qual o trabalho é fruto coletivo e dividido por toda comunidade. A posterior evolução e criação das sociedades servem como um ponto de partida para o surgimento das desigualdades e da divisão social, afirma Rosseau. A partir daí, relações de dominação e desigual apropriação dos frutos do trabalho se estabelecem, se firmando através do conflito entre os que realizam as atividades intelectuais e aqueles que executam as atividades braçais. A concepção de trabalho depende de quem o exerce, e também de quem domina. Na Idade Média inteligência não era sinônimo de poder, e sim poder era igual à posse de terras, portanto, os servos estavam subordinados aos senhores feudais. Posteriormente, na Idade Moderna a burguesia detinha manufaturas, e então concentrava o poder. Nessa época houve a Revolução Industrial, o que concretizou a ascensão burguesa e valorizou a ciência, trabalho e técnica com o surgimento das máquinas. Através