Trabalho, alienação e consumo
A temática da alienação está presente historicamente no pensamento europeu nos campos do direito, economia, filosofia e se vê de alguma forma completada pela teoria da alienação construída por Marx. Presente inicialmente na mitologia judaico-cristã aparece como um conceito religioso referido à alienação do homem em relação a Deus, colocando a questão da salvação do homem desse estado que atraiu para si. O cristianismo e o judaísmo apresentam diferentes soluções para esse problema, que parecem acompanhar as necessidades simbólicas da transição do feudalismo para o capitalismo. Tal problemática foi discutida por Marx em 1843, na obra Sobre a Questão Judaica. Para se manter dentro da História, todo ser humano precisa consumir bens, sejam estes de agasalho, de abrigo, ou de alimentação. Para poder consumir, é necessário produzir esses bens de diversa qualidade e em diversas quantidades. Todo o ser humano sabe especialmente os economistas ou os cientistas sociais. Este consumo é de bens produzidos pela própria pessoa, ou por outros, por causa do tempo necessário para investir na sua produção, apuramento, colheita e distribuição. A consequência é simples: todo ser humano precisa viver em interação e ter meios para adquirir os bens que consome e não produz, bem como de uma entrada, em moeda, para adquirir os que outros fazem e ele precisa. Normalmente, nas sociedades industriais, é o operariado que se habilita a esta produção, usando meios que não são da sua propriedade ou não inventados por si. Porque a produção não é apenas de bens materiais, é também de idéias que orientem essa produção ou processo educativo, quer entre iguais, quer em instituições. Esta aprendizagem, prévia à produção, é organizada pelos Estados que decidem o que é preciso saber para se ter uma população dentro da distribuição social do trabalho. A produção começa com a alimentação da criança, continua pela sua formação, e passa pela sua habilitação para determinados trabalhos. Estes