TRABALHO 2
Roberto de Souza é eng°. civil, Mestre e Dr. em engenharia pela Escola Politécnica da USP, consultor de empresas e diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE).
A sustentabilidade vem assumindo papel cada vez mais importante para o mundo corporativo e para os negócios das empresas do setor da construção. Ao longo destes últimos anos vem se esboçando um cenário em que as exigências da sociedade civil, de investidores, financiadores e consumidores obrigam as empresas a levarem em conta o impacto de suas atividades em todo seu entorno.
Em particular no setor da construção estas exigências começam a se acentuar devido ao alto impacto ambiental e social das atividades de fabricação de materiais, projeto, construção e uso e operação de edificações, empreendimentos e obras pesadas.
Este movimento vem consolidando o conceito de Sustentabilidade Corporativa, enquanto uma visão de negócios de longo prazo que incorpora à estratégia e aos objetivos econômicos da empresa, as dimensões social e ambiental.
Um dos sinais da valorização da Sustentabilidade Corporativa é a adoção pela BOVESPA do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial, já adotado por um grupo seleto de empresas. Este grupo, em futuro próximo, com certeza contará com a participação das empresas do setor da construção que já estão com seu capital aberto e com suas ações na Bolsa.
A Sustentabilidade incorpora também os valores da ética, transparência e comunicação, assim como as boas práticas de governança corporativa, tendo como resultante um diferencial focado no desenvolvimento sustentável e no compromisso com as gerações futuras.
A preocupação com desenvolvimento sustentável ganhou impulso a partir da ECO92, quando governo, empresas e sociedade civil passaram a se empenhar em desenhar instrumentos que levassem em conta as dimensões social e ambiental, ganhando impulso maior a partir de 2000.
A Eco-eficiência é uma das práticas da sustentabilidade,