Trabalho 1
FANTIN, Monica – UFSC
GT: Educação e Comunicação / n. 16
Agência Financiadora: /CNPq/CAPES
Falar de Mídia-Educação significa falar da construção de uma relação entre seus termos para aproximar objetos, saberes e fazeres envolvendo um olhar interdisciplinar que faz parte de um movimento internacional. Enquanto nos países do hemisfério norte a trajetória da Mídia-Educação envolveu a educação para a imagem e audiovisual, os meios - cinema, rádio, TV, jornal, Internet – e as multimídias e hoje significa a educação sobre, com e através das mídias, nos países latino-americanos seu percurso esteve fortemente ligado aos movimentos sociais, sendo crescente no contexto brasileiro sua discussão em universidades, escolas e outras instituições da prática social. Considerando que um novo “olhar tropical” envolve uma re-apropriação, afinal, o que é Mídia-Educação? Uma prática social, um campo, uma disciplina? Quais seus objetivos? O que seria um perfil profissional do Mídia-educador? É sobre tais questões que texto tecerá algumas considerações a fim de discutir a identidade plural da Mídia-Educação, a formação profissional e as possibilidades de atuação nas diversas práticas culturais e educativas.
Embora seja lugar comum falar que as atuais gerações de crianças e de jovens, crescerem com a TV, com o vídeo, com o controle remoto, e apenas uma minoria com computador e Internet, e por mais que se pergunte o que isso significa, o entendimento a respeito das mudanças propiciadas pela mídias e pelas redes ainda está longe de ser problematizado na escola. Ao mesmo tempo em que a estruturação da vida cotidiana está plena de informação, seu acesso é altamente fragmentado e vai-se tornando uma característica que determina a qualidade das interações sujeito-informação. Considerando que é a necessidade de construir significados que nos permite situar e organizar o mundo a nossa volta, a visão desarticulada dos acontecimentos nas mídias unidas à