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Interrompemos nossa programação
Morre aos 98 anos o empresário de comunicações Roberto Marinho, que durante 78 anos comandou as Organizações Globo e fez de sua TV uma poderosa fonte de influência cultural e força política.
Roberto Marinho nos estúdios da Globo: 74% dos televisores sintonizados no horário nobre
O jornalista e empreendedor Roberto Marinho, morto na quarta-feira passada, aos 98 anos, vítima de embolia pulmonar, foi durante um longo período da história brasileira um dos homens mais poderosos do país.
Em 1965, ao inaugurar a TV Globo, Marinho, que já amealhara considerável prestígio com sua paixão, o jornal O Globo, tornou-se ainda mais influente.
A emissora campeã de audiência no país encarna a síntese da capacidade empreendedora de Roberto Marinho e da equipe que ele montou, prestigiou e remunerou com generosidade reconhecida. Não é exagero dizer que a Rede Globo é uma espécie de Hollywood brasileira.
Suas novelas e séries especiais tiveram papel fundamental na homogeneização da cultura de massas no Brasil, país em que 90% dos lares têm pelo menos um televisor. A criação de Roberto Marinho tirou da telenovela a pecha de programação de baixo nível, promovendo-a muitas vezes a dramaturgia de impacto e prestígio internacional, exportada para 130 países. A Globo é o coração do conglomerado de comunicação que reúne três jornais, rádios, gráfica, gravadoras e canais de TV paga, internet e uma editora de revistas e livros. A Rede Globo produz 4.420 horas de programação por ano, faturou 2,5 bilhões de reais em 2002 e é a quarta colocada no ranking mundial de TVs. No horário nobre, 74% dos televisores ligados no Brasil estão sintonizados na emissora. Sua central de produções, o Projac, no Rio de Janeiro, ocupa um terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, fabrica cenários, figurinos, cidades inteiras.
Marinho conseguiu sua primeira concessão de TV em 1957, no governo de Juscelino Kubitschek. Na época, quem dava as cartas das