TRAB
04/07/2000 - 18:19:00
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Embora reconheçamos cada vez mais a importância do turismo como gerador de empregos e dinheiro novo, fica sempre o questionamento sobre o comprometimento do turista com uma determinada cidade. Se pensamos bem, ao visitá-la, durante o tempo livre que dispõe para viajar, tem em mente, o aproveitamento do tempo livre, sem se preocupar muitas vezes, com a população anfitriã.
Diversos problemas, como a prostituição infantil, o desrespeito ao patrimônio cultural e natural nascem desta falta de relação afetiva maior com o núcleo receptor, já que após o tempo de permanência numa localidade, restam apenas fotos, lembranças e alguns souvenirs. Por outro lado, alguns empresários viabilizam pacotes vendendo produtos exóticos, como a estadia de quatro dias numa favela carioca ou ainda teimam em construir empreendimentos turísticos, em áreas de proteção ambiental ou viabilizar visitas à paraísos ecológicos, que não tem a menor infra-estrutura turística para receber visitantes e acabam sendo destruídos.
Pensando nestes aspectos, acreditamos, resolveu a OMT - Organização Mundial do Turismo - criar um código mundial de ética do turismo, que foi apresentado no Brasil durante o terceiro Fórum Internacional para Parlamentares e Administrações locais realizado no Rio de Janeiro. A preparação deste código teve início na assembléia geral da OMT, em Istambul em 1997 e foi aprovado por unanimidade, em Santiago do Chile em 1999. Trata-se de um projeto participativo, já que recebeu durante a sua feitura contribuições, de mais de 70 países, entidades de turismo e organizações não governamentais.