Trab Marcela

Sociolinguística

Docente: Marcela Barchi Paglione
Discente: Letícia dos Santos
1º ano Letras Diurno – Unesp Assis

Avaliação semestral
1 Em seu livro, “A Língua de Eulália” (2006), Marcos Bagno irá tratar do mito da língua única. A unidade lingüística é uma idéia falaciosa, construída ao longo da história ocidental, a partir de uma visão equivocada por parte do senso comum, e constituído também, por uma perspectiva ideológica que favorece classes elitistas e de maior poder social. As considerações em relação à gramática normativa deixaram a língua falada em segundo plano. A preocupação dos gramáticos tradicionais era de conservar o conteúdo literário (dava suporte a classe de escritores da época, que mais tarde iriam constituir a gramática normativa a partir de suas obras clássicas), falar corretamente (fala baseada na gramática normativa). Na perspectiva de que grande parte da sociedade, na época em que a gramática começou a ser pensada e também nos dias de hoje, tem um acesso limitado à educação, seria no mínimo injusto exigir-lhes o mesmo vocabulário que um indivíduo do topo da pirâmide social. Quando o individuo é oprimido pelo seu jeito de falar, sua identidade social é apagada. O Indivíduo é um ser sociocultural, fato que também não é levado em consideração na norma – padrão, e quando esse fator aparece, não há como haver uma norma que obrigue o interlocutor a obedecer às regras gramaticais sem fugir de sua abrangência em nenhum momento. A norma padrão, vista assim é uma visão idealizada de conservação do belo literário, da pureza da língua. Considerando os argumentos, pode-se concluir que a norma – padrão, não trabalha com base científica alguma. Existe também a questão de que não se aplica a realidade, já que exclui grande parte dos falantes a quem esta língua foi imposta, ela não é exercida em sua totalidade. Tem uma concepção extremamente preconceituosa em relação à norma não-padrão. A lingüística, desde o seu surgimento apóia-se em estudiosos que