Augusto dos Anjos
A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época. http://pt.wikipedia.org/wiki/Eu_%28Augusto_dos_Anjos%29 o poeta mostra uma obsessão com a morte simultânea a sua aversão a ela. Fala de si mesmo, da doença que o vitimou (tuberculose), da humanidade, dos sentimentos, do banal; tudo pessimismo, linguagem e técnica impecável. http://www.resumosdelivros.com.br/a/augusto-dos-anjos/eu/ Não se pode negar certo moralismo assumido pelo poeta. Em “Idealismo”, há a condenação da matéria: “O amor! Quando virei por fim a amá-lo?! / Quando, se o amor que a Humanidade inspira / É o amor do sibarita e da hetaira, / De Messalina e de Sardanapalo?!”. Em “O morcego”, a condenação do pecado pela ação da consciência: “A Consciência Humana é este morcego! / Por mais que a gente faça, à noite, ele entra / Imperceptivelmente em nosso quarto!”
Do ponto de vista da linguagem, destacam-se as imagens estranhas, que se aproximam do expressionismo (“Como uma pele de rinoceronte / Estendida por toda a minha vida!”, em “As cismas do destino”), a exploração da sonoridade (“Eu e o esqueleto esquálido de Ésquilo”, em “Sonho de um monista”) e o recurso aos superlativos (“Misericordiosíssimo”, em “A um carneiro morto”). É notável ainda como o poeta consegue fazer conviver o rigor formal da regularidade