trab de ti
Capa
Sumário
Folha de Rosto
Prólogo
A filha do rei
Então, você é uma princesa?
Aqui não é o Brasil
Alguém já ouviu falar na Krósvia?
O filho da rainha
Laika é nome de gente?
Dias de tensão
Fixação: minha assombração
Aspirante a Lady Di
O pescador de corações
Papa-paparazzi
Feijoada com farinha
It’s. My. Life.
Não temos esse direito
O recado de Catarina
Meu mundo caiu
Só sentimos saudade em português?
Meu caminho é você
O melhor lugar do mundo
Dois anos depois...
Agradecimentos
Créditos
Marina Carvalho
Prólogo
Durante minha vida inteira, desde que era muito pequena, tive um sonho recorrente, daqueles que são sempre iguais e você nunca sabe quando virão.
É um sonho tranquilo, mas misterioso, e nada nele muda. Nunca. É sempre a mesma cena: estou sozinha num campo muito verde, com flores de todas as cores plantadas numa espécie de canteiro nas laterais. Uso um vestido amarelo-ouro, longo, tomara que caia e bem rodado a partir da cintura.
Ele é lindo. O tecido é tão fino e sedoso que consigo senti-lo enquanto sonho. Meus cabelos estão presos num coque perfeito. Nenhum fio ficou
de fora. Atrás de mim, há uma escadaria cujo fim não consigo enxergar. Não sei para onde ela vai, nem imagino o que há depois dela. Só sei que fico olhando para o alto, primeiro com uma expressão confusa, mas depois acabo por sorrir. Então, de repente, começa a ventar, e venta tanto que meus cabelos se soltam e disparam a rodopiar em volta de minha cabeça. Olho para cima outra vez e fico transtornada. Não sei o que vejo, mas não deve ser coisa boa. Em seguida, algo chama minha atenção do outro lado do campo e eu me viro. Alegro-me com seja lá o que for que tenha surgido e estendo a mão. Sei que vou tocar alguma coisa, mas, quando estou prestes a saber o que é, acordo.
Por causa desse sonho, já fiz sessões de psicanálise e a psicanalista disse que, inconscientemente, eu estava em busca de algo para minha vida que só