TONICIDADE VS OSMOLARIDADE
A hemácia sempre terá uma concentração maior do que o meio extracelular, sendo assim a tonicidade será definida a partir da relação entre as pressões osmótica (colodoismótica) e hidrostática (de turgescência) da célula e o meio na qual está inserida, tendo como referência a relação encontrada no meio isotônico.
A hemácia em meio isotônico, tem uma pressão de solvente menor do que a do meio exterior, por causa da grande concentração de hemoglobinas. A maior pressão de solvente do meio extracelular gerará uma pressão colodoismótica de influxo na hemácia, deixando-a túrgida. Esta entrada de solvente na célula gera uma pressão hidrostática que produz uma tendência de saída de água para o meio extracelular, porém esta tendência se contrabalanceará com a tendência de influxo. Nesse estágio de equiparação entre pressão colodosmótica e hidrostática encontramos o equilíbrio de Gibbs e a hemácia nem inchará nem murchará.
Quando colocada em um meio no qual a concentração deste seja menor do que a no isotônico, a tendência de influxo já existente aumentará por causa da maior pressão de solvente do meio extracelular. Com uma pressão osmótica de influxo ainda maior do que a encontrada no meio isotônico, há uma maior entrada de solvente na célula. Dependendo da intensidade desse ganho de água, a hemácia poderá ou se romper (plasmólise), ou a partir do aumento da pressão hidrostática, reestabelecer o equilíbrio de Gibbs, porém mais inchada do que estaria se inserida em meio isotônico. Isto caracteriza o meio hipotônico.
Quando colocada em um meio no qual a concentração deste seja maior do que no isotônico, a pressão osmótica de influxo diminuirá, dando assim espaço para a pressão hidrostática gerar uma maior saída de água da hemácia. A consequência disso é a crenação da célula. Isto caracteriza o meio hipertônico.