Tolerância e ajustes - terminologia
Introdução
A premissa fundamental da intercambiabilidade é a escolha de um processo tecnológico que assegure a fabricação das peças com igual precisão. Por precisão no tratamento entende-se o grau da correspondência entre as dimensões reais da peça e as indicadas no desenho. Nas construções mecânicas é impossível se conseguir precisão absoluta nas dimensões das peças ao trabalha-las nas máquinas-ferramentas devido a certas inexatidões das máquinas, dos dispositivos ou instrumentos de medição. Como conseqüência destas circunstâncias, é impossível obter dimensões absolutamente precisas que coincidam com as indicadas no desenho ou as assim chamadas dimensões nominais. As peças são, portanto, confeccionadas com dimensões que se afastam para mais ou para menos em relação à cota nominal, isto é, apresentam uma certa inexatidão.
As dimensões reais de duas peças iguais, inclusive elaboradas com um mesmo procedimento têm poucas possibilidades de serem exatamente iguais, variando dentro de certos limites. Em vista disso, a conjugação requerida de duas peças se assegura somente no caso em que as dimensões limites de tolerância das peças se tenham estabelecido de antemão. Deste modo, as dimensões limites são aquelas dentro das quais oscilam as reais. Uma delas se chama dimensão limite máxima e a outra dimensão limite mínima. Portanto, peças intercambiáveis são aquelas fabricadas com um grau de precisão previamente estabelecido em suas dimensões nominais, através das dimensões limites.
O limite de inexatidão admissível na fabricação da peça é determinado por sua tolerância, ou seja pela diferença entre as dimensões limites máxima e mínima. Por exemplo, suponhamos que uma determinada dimensão nominal seja de 40,000 (mm); a dimensão limite máxima seja 40,039 (mm) e a dimensão limite mínima seja 40,000 (mm); então a tolerância de inexatidão será igual a 0,039 (mm). Todas as peças cujas dimensões não ultrapassarem