Direito arte da politica
O desenvolvimento do tema proposto, A Arte da Política, nesse trabalho segue o trajeto, lógico, que perpassa da compreensão prévia dos termos que o envolvem, Política e Arte, até alcançar a forma de política vigente na sociedade atual. Compreender os conceitos de arte e política é um esforço necessário para o tratamento da política como arte, ou não.
Os homens inevitavelmente estão envolvidos pela política. Esta atividade é inerente a própria condição humana da convivência em sociedade. Todavia, muitos são os fatores que contribuem para a incompreensão da política enquanto uma atividade imprescindível para resolução de conflitos e um caminho para a realização do homem enquanto ser social.
Entendendo a fundamental importância do homem na sociedade, e consequentemente o poder de transformação deste, que se propõe uma análise entre as distintas teorias que alicerçam e/ou fundamentam a prática e o pensamento político social.
2. Arte e Política
A Estética é o campo de ação da filosofia que define, e delimita a arte, que julga, por mecanismos próprios, o que é e o que não é arte, o que participa ou não do belo. Plotino afirma que:
Quase sempre percebemos o belo com a vista. Com o ouvido também percebemos na combinação de palavras e em toda classe de música [...] E se nos elevamos a um plano superior à sensação encontramos hábitos, ações, caracteres e até ciências e virtudes belas.
A noção de belo nos ocorre por uma experiência metafísica, que conduz a aquilo que é absoluto, transcendental, o que Platão chamava de O Sumo Bem, O Bom, O Belo. No Fédon ele diz: “Afirmaremos ou não que o justo em si mesmo seja alguma coisa? [...] E também o belo em si e o bem? [...] E algum dia já percebeste com os olhos qualquer deles? [...] Ou por intermédio de outro sentido corpóreo?”. Para Platão as coisas não eram belas em si mesmas, mas, componentes que participavam do belo. O belo em si é o absoluto, que acima da esfera celeste se