Juventude e o mundo do trabalho A juventude brasileira no contexto sócio-político-econômico atual se depara com inúmeros desafios. A entrada no mundo do trabalho é um deles. Inserção precária, taxas de desemprego e rotatividades elevadas, baixos salários e longas jornadas, incompatível com a continuidade dos estudos, entre outros aspectos, são marcantes na vida de grande parte dos jovens brasileiros, especialmente daqueles excluídos da riqueza socialmente construída. A juventude, enquanto um período específico do ciclo de vida é marcada pela superação da condição anterior de dependência e proteção exigida pela infância e adolescência. E, prosseguida pelo desenvolvimento de sua autonomia, processo esse vivenciado em um contexto de uma sociedade capitalista que limita seu potencial criativo e o desenvolvimento de suas habilidades com desigualdades segundo a idade, a classe social, o gênero, a cor/raça, os níveis de escolaridade e os locais de moradia. Historicamente, mesmo com maior crescimento econômico e com o consequente aumento das ocupações, os jovens são absorvidos pelo mercado de trabalho com intensidade bem inferior ao da população adulta. Mulheres jovens seguem registrando condições desfavoráveis de inserção, autonomia e renda em relação aos homens jovens; maior proporção de emprego em setores de baixa produtividade e os ingressos mais baixos, ainda que com os mesmos níveis de educação. Não restam dúvidas de que, em geral, os e as jovens de renda mais baixa ingressam mais cedo no mercado de trabalho, muitas vezes. Sem gerações, inserida numa perspectiva de ciclo de vida, devendo pautar-se pela garantia dos direitos dos e das jovens enquanto cidadão e das juventudes, em cada uma de suas diversidades e expressões, assim como os direitos da Concluir a escolaridade básica. No caso das jovens mães de famílias pobres, o tempo dedicado ao trabalho reprodutivo e de cuidado realizado na esfera doméstica representa um obstáculo adicional