Tocqueville Sobre a liberdade e a igualdade

Na 12ª edição de seu livro – A democracia na América - Tocqueville traz uma advertência sobre suas ponderações sobre a democracia na América. Enfatiza que a sua intenção era pensar sobre a democracia no mundo, e lembrar a todos os leitores de que a sociedade muda de forma, a humanidade de condição e que novos destinos se aproximavam não só em sua nação mas em todo o mundo. Explica que a existência da realeza era ultrapassada e estava extinta e que antes a América era somente motivo de curiosidade da França Monárquica, naquele momento se transformava em objeto de estudo da França Republicana.
Entendia que o governo não poderia ser assegurado somente pela força (dos combatentes), mas também pelas leis adequadas (através dos legisladores). Agora a discussão não é mais sobre a França realeza ou monárquica e sim qual tipo de republica ela deseja ser. Enfatiza que a escolha do tipo de republica influenciará diretamente aos povos que a rodeiam, seja beneficamente ou de forma avassaladora. Sendo através de uma tirania democrática ou de uma liberdade democrática, o impacto desta decisão afetará o mundo inteiro, trazendo a responsabilidade de instituir a republica ou aboli-la em toda parte.
Este dilema havia sido resolvido pela América cerca de 60 anos antes de maneira direta, pratica e absoluta. Tocqueville não intencionava copiar as instituições concebidas por eles, e sim compreender o que convêm e se servir dos princípios e não dos detalhes de suas leis. Para ele as leis deveriam ser diferentes, mas sua relação com ela devia ser indispensável à qualquer república, pois entendia que sem princípios de ordem, equilíbrio, poder, liberdade real, respeito sincero e profundo pela lei que o rege, a república não tem como existir.

Introdução
Entre tudo o que observou, durante a permanência nos Estados Unidos, o que mais lhe tocou vividamente foi a Igualdade de Condições, percebeu sua influencia sobre o caminhar da sociedade, a qual dava uma direção ao espírito