Tipos de Pesquisa
MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de Metodologia da Pesquisa no Direito. 4ª Ed. Ver. Atual. São Paulo: Saraiva, 2008. p.110-112.
CARLOS HENRIQUE CABRAL RODRIGUES
Mezzaroba, ao falar sobre os tipos de pesquisa, ressalta a indispensabilidade da observação dos métodos para que se reconheça a cientificidade do trabalho desenvolvido. Isso será possível com o investimento em um método capaz de levar a uma condução criteriosa da referida pesquisa, gerando um eficiente resultado. Tais métodos exigem organização, coerência e lógica de raciocínio, o que pode ser conseguido ao se valer de uma das formas a seguir elencadas: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, método dialético e método sistêmico. A determinação de um método científico principal e de um ou alguns instrumentais assegura a objetividade, impreterível para o tratamento de objetos, fatos e coisas a serem investigados. Daí poderão surgir inferências sólidas, chancelando o conhecimento científico. A análise fundamentada em um procedimento generalizante caracteriza o método indutivo, cujo fim são conclusões resultantes da observação reiterada de fenômenos confirmadores de uma resposta para o problema. Diferentemente da indução, na dedução iniciamos com argumentos amplos e finalizamos com argumentos estritos. O fundamento do método dedutivo é a relação lógica entre as proposições, para não invalidar a conclusão, a qual em hipótese alguma pode ir além do que se enuncia nas premissas. O método hipotético-dedutivo reúne a racionalismo procedimental da dedução e o experimentalismo procedimental da indução como condição basilar, ou seja, elegem-se as proposições hipotéticas viáveis para se aproximar do objeto e, durante a pesquisa, por meio da experimentação, essas hipóteses podem vir a ser ou não comprovadas. O método dialético exige do pesquisador três etapas: observação e delimitação do objeto,