tipos de dominação
“Ele exerce seu poder sobre todos.” / “Ele exerce sua dominação sobre todos.” Olhadas superficialmente, essas frase parecem conter o mesmo significado. Mas duas palavras aí contidas são, para Weber, possuidoras de sentidos diferenciados. Poder e dominação, segundo esse pensador, são conceitos distintos, embora em algumas circunstâncias possam estar relacionados. Entender como se processam exercícios de poder e dominação era, para ele, fundamental para a compreensão da política enquanto uma das mais importantes esferas de interação social.
O conceito de poder
Na construção de sua Sociologia Compreensiva, Weber percebeu que as ações e as relações sociais são também mediadas pelo exercício do poder e da dominação.
Para ele, o poder era caracterizado como a probabilidade de um indivíduo impor a sua vontade em uma relação social. Essa imposição pode até encontrar resistência, mas o indivíduo possui meios, legítimos ou não, para que sua vontade prevaleça. Esses meios podem ser a força, a autoridade e até mesmo a influência.
A coerção física ou uma simples ameaça realizada por um indivíduo que possui, por exemplo, aparatos agressivos como uma arma de fogo ou simplesmente uma maior robustez corpórea, pode ser considerada uma maneira de exercer, pela força, o poder.
Outro meio pelo qual o poder pode ser exercido é a autoridade. Essa autoridade pode ser legitimada, por exemplo, por um aparato legal. É o caso de um juiz que, investido da responsabilidade legal de julgamento, impõe uma sentença ao réu.
A influência também pode ser um meio de exercer o poder. Para ser influente, um indivíduo não precisa necessariamente ser uma autoridade ou possuir elementos que lhes garantam coagir fisicamente outro indivíduo ou grupo de indivíduos. Seu poder de influência pode estar, por exemplo, na capacidade de utilizar seus conhecimentos para influenciar pessoas a agirem ou pensarem da maneira que lhe convém. Outra forma de se exercer o poder por