Tio patinhas
l — Tio Patinhas no centro do universo
"Bem, é que no nosso país", disse Alice, ainda um pouco ofegante, "o mais certo seria chegar a outro lugar — depois de correr tanto como nós fizemos". "Um país muito lento!", retorquiu a Rainha. "Não, aqui, como vês, é preciso correr o mais que se pode para ficar no mesmo lugar. Se quiseres ir para outro lugar tens de correr, pelo menos, duas vezes mais depressa!" (Lewis Carroll, Alice do outro lado do espelho)
A grande esperança "de" cada um dos membros dessa incrível família de patos trajados de gente é a de que o caminho que os leva educativamente de coloridas folhas de papel aos nossos olhos e à nossa mente seja um caminho sem retorno. Alojados na nossa inteligência, esperam demarcar aí a posse ilícita do terreno em que pretendem vegetar na continuidade do imobilismo em que foram gerados e que constitui a razão de ser de sua existência. Nada de voltar às origens enriquecidos pela crítica vital de seus hospedeiros para, ao menos,.
( * ) Publicado originalmente em Ciência e Cultura, volume 27, número 9, Sociedade