Tica Em Santo Agostinho
A felicidade é o tema central de sua filosofia, e não se dá sem o conhecimento, sem o encontro de Deus. O verdadeiro conhecimento é aquele que conduz o homem à verdade suprema e, só se atinge tal verdade pelo amor. Para o alcance da felicidade, amor e sabedoria andam juntos.
A ética agostiniana envolve o conceito de liberdade e o livre arbítrio da vontade. Agostinho rompe com a concepção de liberdade grega, que estava fundamentada em um télos político e com o maniqueísmo, enfatizando que Deus criou o mundo e partindo disso, não existe o mal. Deus é perfeito e não poderia ser a causa do mal. O mal é o contrário da ideia de Deus, é apenas ausência de bem.
O homem possuía o livre arbítrio, a possibilidade de escolha entre o bem e o mal. O que pode afastar o homem de Deus é o fator vontade, que muitas vezes leva o homem a escolhas erradas. Afastar-se de Deus significa ir para o não-ser, ir em direção ao mal. É nesse contexto que surge o pecado, como vontade do homem e não de Deus. No homem que vai em direção ao pecado, sua alma decai e não consegue salvar-se sozinha, até que venha então a graça, para dirigir o homem para o caminho do bem. Sem o auxílio da graça reveladora divina, exercendo somente o livre arbítrio, o homem ficaria condenado em seu livre arbítrio e acabaria escolhendo o caminho do mal. Porém, nem todos recebem a graça, somente os predestinados. O homem não é só intelecto, mas também vontade e esta vontade pode ser influenciado ou vulnerável desejando coisas ruins. O homem que busca a beatitude para alcançar a felicidade, só a encontra com fé e intuição, não por meio de atividade intelectual. A fé e a razão complementam-se na busca da felicidade e da beatitude. Hugo Jardel, Laís Franco- Graduandos em Filosofia pela UFPI.
Bibliografia
https://eticaesantoagostinho.wordpress.com/