Thyssen
É uma empresa familiar. Inicialmente dedica-se ao ferro e beneficia do capitalismo alemão (cartelização). August Thyssen manteve o completo controlo da empresa e até 1925 conseguiu evitar o controlo dos bancos. O grande desenvolvimento da empresa deu-se no princípio do 1880, quando Thyssen diversificou os seus produtos e integrou linhas de produção. Em 1884, Thyssen moveu-se para a distribuição. A política da empresa era oferecer uma gama completa de produtos de ferro, especialmente no mercado dos ferros e tubos. Thyssen organizou a sua firma em vários departamentos, cada um deles responsáveis pela produção. O objectivo deste sistema era descentralizar a autoridade enquanto mantinham uma supervisão apertada. Thyssen entendeu a performance administrativa como um sucesso comercial. Para ele, o marketing era tão importante como a produção. Depois começa a questionar se o sistema do cartel alemão poderia levar a uma consolidação maior. Thyssen achou que deveria ser adoptados os trusts, pois os carteis tinham tido uma boa performance no inicio, mas que agora estavam obsoletos, que deveriam começar a trabalhar de foram mais barata, que apenas seria possível através de criação de empresas maiores e de uma melhor divisão do trabalho. Esta ideia não foi bem aceite pelos alemães, mas contrariamente às previsões de Thyssen, os cartéis na Alemanha continuaram a crescer.
Por um lado, é uma das empresas que simboliza o crescimento industrial alemão desde o final do século XIX, ligado à fundição, siderurgia e produção de maquinaria. Por outro lado, revela algumas, das características específicas do capitalismo alemão - proteccionismo, cartelização e formas de regulamentação governamental do desenvolvimento industrial. A maior diversificação de actividades, quando comparada com o desenvolvimento das empresas americanas, tem aliás muito a ver com a organização dos cartéis e a regulamentação estatal, constituindo uma das modalidades de fuga a estes constrangimentos.