Thomas More e a utopia
1) Thomas More nasceu em Londres, em 1478. Foi contemporâneo da fase inicial do mundo moderno em um contexto histórico de descobrimentos marítimos, ascensão dos estados nacionais e de conflitos religiosos. Acabou influenciando-se pelo humanismo que nascia, por homens versados nas letras. Participou de várias missões diplomáticas e comerciais e em 1518 durante sua primeira estada em Flandres escreveu sua mais célebre obra, A Utopia. Ironicamente, More a escreveu em Latim, pois alegava que isso limitaria o número de leitores àqueles que pudessem efetivamente compreender a complexidade de suas idéias.
2) Buscou conciliar uma vida ascética de cristão medieval com uma carreira política bastante a ativa. Nomeado membro do conselho secreto de por Henrique VII, em 1518, acompanhou o rei enquanto este defendeu a Igreja Católica contra a Reforma.
Opondo-se não ao rei Henrique VIII, mas ao seu rompimento com o papa, More recusou-se a assistir a coroação de Ana Bolena e a assinar a Lei de Sucessão. Acusado de traição, foi preso e decapitado. More teve a particularidade de também ser cultuado pela Revolução Russa, que lhe erigiu uma estátua em homenagem as idéias socialistas de sua Utopia.
Objetivo geral
3) Opulência: A extrema discussão se volta para a crítica social de More em torno da abolição da propriedade privada. Adverte que a igualdade seria impossível com a propriedade privada, por isso nesta existe a comunhão de bens. More critica o que denomina "luxo desnecessário" da Igreja, em especial de seu alto clero. Como já dito, prefere dizer-se adepto do verdadeiro cristianismo, o de origem. Não é a instituição que está comprometida por corrupção, mas sim parte dela - justamente o luxuoso e distinto alto clero. Quanto à questão da compreensão bíblica, More dedica especial atenção à retórica das ordens mendicantes, mas prefere ainda a interpretação proveniente da autoridade papal em Roma.
4) Injustiça: Critica severamente a desigualdade de